segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sem Título

Era um dia treze de março de mil novecentos e noventa e três como qualquer uma, mas naquela noite bizarra, as enfermeiras estavam afoitas, mamãe estava a mil (berrando mais do que nunca) e eu estava sendo parida através de uma cesariana por uma médico orinetal. Um babuíno me pegou pra galera ver, tive de mamar no peito de uma velha índia, que tadinha, ostentava sorridente três dentes na boca. Como até então não havia chorado, dei os primeiros berros em seu colo.
Minha infância não foi fácil; mais também nem tão difícil. Afinal,
cresci sozinha, ficava em casa o dia todo assistindo televisão e brincando com meus próprios dedos por falta de brinquedos que funcionassem, tinha mania de abrir todos os brinquedos que ganhava de meus queridos irmãos e parentes e de não conseguir remontá-los.
Até o dia em que cresci ( como não é um texto real tive a idéia de dizer que já fui alta) e com isso as responsabilidades chegaram ( e eu as mandei de volta para o destino de origem).
Rodeada de amigos, sempre com bom humor, Nunca irônica.
A falta de dinheiro, o problema de saúde e qualquer outra coisa negativa não causavam o efeito que causariam se não os tivesse.
Com uma alma feita de sonhos e com uma vida toda pela frente, estou aqui, estampada como uma abestada no orkut, assim como fizeram com Anísio Teixeira na cédula de 1000.